'Pimenta do amor'? Comerciante troca morango por sabor picante no interior de SP

Marli Cardoso, de 46 anos, trabalha com venda de pimentas há cerca de cinco anos, em São José do Rio Preto (SP). Apesar do sucesso da 'pimenta do amor', ela não pretende investir na produção em grande quantidade.

Portal Cidade Ivinhema\\G1 / Henrique Souza


Marli Cardoso, de 46 anos, trabalha com a comercialização de pimentas há cerca de cinco anos. Ela vende bandejas do produto empanado, pronto para ser frito.

Com a mais nova trend nas redes sociais sobre o morango com caramelo, ela resolveu fazer um experimento.

Marli usou a pimenta do tipo Capsicum chinense, popularmente conhecida como dedo-de-moça. Retirou a placenta (o tecido esbranquiçado que sustenta as sementes) e as sementes internas. Depois, recheou com creme de leite em pó, por dentro e por fora.

Em meio à onda do "morango do amor" nas redes sociais, uma comerciante de São José do Rio Preto (SP) decidiu criar um doce diferente: a "pimenta do amor".

Marli Cardoso, de 46 anos, trabalha com a comercialização de pimentas há cerca de cinco anos. Ela vende bandejas do produto empanado, pronto para ser frito. Com a mais nova trend nas redes sociais sobre o morango com caramelo, ela resolveu fazer um experimento.

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Marli usou a pimenta popularmente conhecida como dedo-de-moça. Retirou a placenta (o tecido esbranquiçado que sustenta as sementes) e as sementes internas. Depois, recheou com creme de leite em pó, por dentro e por fora.

Em seguida, Marli foi para a etapa que, segundo ela, é a mais difícil: preparar a calda de caramelo. Ao g1, ela contou que foram três tentativas.

"O processo para rechear a pimenta com o brigadeiro de leite em pó é bem prático. Difícil mesmo é acerta o ponto da calda de açúcar! A primeira vez ficou perfeito o caramelo. Já na segunda e terceira, não ficou 100%. Vou ter que treinar mais vezes", brinca a comerciante.

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Quando começou a se arriscar na nova receita, a comerciante decidiu gravar um vídeo contando para os seus seguidores sobre a novidade (assista acima). Mas ela brinca que, mesmo que os testes tenham surtido bons resultados, não pretende investir na iguaria em grande escala de produção.

"Gente, eu não fiz para vender! Eu fiz só por um experimento mesmo. Eu não vou fazer para vender, porque não tenho tempo para fazer 'pimenta do amor'", disse em um dos vídeos.

Mesmo assim, ela começou a receber diversos pedidos depois que publicou a novidade em suas redes sociais. Em outro vídeo, Marli experimentou a pimenta e brincou que ficou muito boa (assista abaixo).

"Muita gente está curiosa para experimentar a 'pimenta do amor'. O doce com ardência deu uma combinação bem exótica. A ideia surgiu da minha curiosidade de ver se o caramelo de açúcar iria grudar na pimenta. Eu já tinha feito pimenta doce com a casquinha de chocolate, mas o caramelo... tinha minhas dúvidas", conta.

Além de trabalhar com o comércio de pimentas, Marli também tem um veículo que utiliza para fazer drinks em festas e eventos. Por ser apreciadora da iguaria, sempre mistura as pimentas com frutas e especiarias na hora de preparar as bebidas para os clientes.

Ao g1, ela disse nunca ter feito cursos de profissionalização na área de culinária, mas reforçou que o fato de ser curiosa e não ter medo de se arriscar a fez descobrir combinações inusitadas. Situação que foi determinante para ela investir no ramo de eventos.

Marli nasceu em Pindaí, na Bahia, mas mudou-se para São José do Rio Preto na juventude, cidade cujas oportunidades de novos negócios são grandes, segundo ela.

Depois do sucesso inicial da "pimenta do amor", ela pretende se arriscar mais uma vez. A ideia é fazer uma nova receita e incluir a semente da pimenta na calda doce.

"No primeiro momento, acho que as pessoas têm duas sensações: emoção e medo. Elas ficam com medo de a pimenta arder. Depois que percebem que não arde, vem o conforto de comer toda a pimenta", finaliza a comerciante.

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