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Acusado de integrar facção criminosa e de matar PM em Araraquara volta a ser julgado
Segundo o Ministério Público de São Paulo, Adriano Simões, à época com 36 anos, foi morto com 18 tiros a mando da facção criminosa PCC
A Cidade ON/Da Redação
O Tribunal do Júri voltou a julgar, nesta terça-feira (16), o homem acusado de participação na morte do sargento da Polícia Militar Adriano Simões da Silva, em setembro de 2012, em Araraquara. O réu, Elton Luiz Iane Esteves, está preso na penitenciária federal de segurança máxima de Porto Velho, Rondônia, e está sendo ouvido por videoconferência.
Esteves foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), porte ilegal de arma de fogo, furto qualificado e associação criminosa.
Três testemunhas foram arroladas pela acusação: o delegado responsável pela investigação do crime, um policial civil e um policial militar.
Segundo o MP, Adriano Simões, à época com 36 anos, foi morto a mando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). No dia 15 de setembro de 2012, ele estava de folga e fazia segurança particular de um mercado no Parque São Paulo, quando foi assassinado com 18 tiros.
Testemunhas relataram que dois homens armados apareceram no supermercado por volta das 23 horas e atiraram pelas costas do policial, que estava saindo para pegar sua moto. Ele morreu no local.
Em novembro de 2017, Elton foi julgado pelos mesmos crimes, porém, foi condenado a 12 anos de prisão apenas por organização criminosa. Na época, o MP informou que recorreria da decisão.
No mesmo julgamento, o irmão dele, Éder Aparecido Esteves, foi condenado a 50 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, formação de quadrilha armada para a prática de crimes hediondos e furto qualificado.
Além disso, os irmãos foram condenados a pagar indenização de R$ 150 mil para a família da vítima, R$ 50 mil para o Estado e a indenizar o Estado também em R$ 1,28 mil pela arma que foi levada.
Em janeiro de 2018, Emerson Cleber de Oliveira e Márcio Alonso também foram condenados a 43 anos de prisão pelos crimes. Eles eram considerados “ponteiros” da facção criminosa — nomenclatura utilizada para quem detém certo poder de liderança.
Além das penas, eles foram condenados ainda ao pagamento de uma multa de R$ 200 mil por danos morais, sendo R$ 150 mil para a família do sargento e R$ 50 mil à coletividade.
Para o Ministério Público, os réus tiveram envolvimento direto “ao transmitirem a ordem e determinarem a execução de policiais militares', ao se reunirem com integrantes locais e fornecerem os meios materiais, como armas e transporte para a execução do delito, ou seja, “induziram, instigaram e auxiliaram os executores na prática dos delitos'.



															










