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‘Um anjo que não volta mais’: familiares lamentam morte de bebê afogado em balde no Valle Verde
Natanael Fernando Moraes Souza, de 1 ano e 6 meses, foi encontrado sem vida pelo irmão; caso foi registrado na CPJ como homicídio culposo.
A Cidade ON/Milton Filho
Abalados, familiares lamentaram a perda do bebê, Natanael Fernando Moraes Souza, de 1 ano e 6 meses, que morreu após se afogar em um balde na tarde desta quinta-feira (18), no bairro Valle Verde, na zona norte de Araraquara. A criança foi encontrada pelo irmão mais velho, de 11 anos.
O corpo do bebê foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) e o caso foi registrado na CPJ (Central de Polícia Judiciária) como homicídio culposo. A mãe, 39, foi detida e ainda será ouvida pela autoridade policial.
“Para gente, é uma dor imensa, porque é uma criança indefesa, que não andava, não falava. A gente fica imaginando o sufoco, que a criança passou naquele momento. (…) É uma dor muito grande, porque é um anjo, não volta mais, agora é só as lembranças boas”, disse Gisele Aparecida de Souza, mãe de um dos irmãos de Natanael.
Segundo familiares, enquanto alimentava outra criança, a mãe pediu ao filho mais velho para ir até a cozinha e jogar fora a água do balde – que fica embaixo da pia da cozinha e que é usado por conta de um vazamento sifão.
Ao chegar no local, o menino se deparou com o irmão caçula afogado dentro do balde. Desesperados, os familiares buscaram socorro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Valle Verde, mas a criança não resistiu.
Conhecido pela sua resiliência, Natanael nasceu de sete meses e lutou pela vida em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal. “Por ser prematura, era uma criança muito esperta”, lembrou Gisele.
A avó paterna da criança, Benedita Souza, lembrou do último momento com o neto. “Eu vi ele ontem. A hora que ele me viu, ele já ficava ‘bobó, bobó’, sabe? Então, para mim, está sendo bem difícil. (…) Só que é uma sensação que não tem como explicar essa dor”, disse.
Natanael era o neto caçula de Benedita. Ela lembrou que, há dois anos, também perdeu outro neto nesta mesma época do ano. “Meu neto falou: ‘Eles estão tentando reanimar ele, mas ele não volta, vó’. Mas eu não achava que era no balde d’água. Aí chegando lá, eu fiquei sabendo”, lembrou a avó paterna, inconformada com a morte precoce do neto.
O filho de Benedita e pai de Natanael está preso e cumpre pena em regime fechado. Faz seis meses que ele não vê a criança. “Ele vai sair de lá e não vai encontrar o caçulinha dele“, lamentou.
A avó materna da criança, Luzia de Fátima Pereira, também relembrou a última vez em que viu o neto. “Domingo ele brincou comigo bastante, passei o dia inteiro com ele aqui. Não tenho como falar nada (…), [estou] sem chão, sem chão. Porque eu falo pra você, a minha filha como vai ficar?”, disse abalada.
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