Fiscalização descarta adulteração em combustíveis e bombas de posto alvo de operação em Araraquara

A fiscalização realizada em um posto, na Vila Velosa, em Araraquara, na manhã desta terça-feira (21), não identificou a presença de metanol ou adulterações nos combustíveis comercializados. O local foi um dos alvos da Operação Octanagem, que ocorreu em três cidades do estado de São Paulo.

Além de um mandado de busca e apreensão, cumprido pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), o estabelecimento também foi submetido à fiscalização da ANP (Agência Nacional do Petróleo), do IPEM (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

De acordo com Miguel Camacho, especialista em regulação da ANP, nenhuma irregularidade passível de interdição foi encontrada. No entanto, foram constatadas irregularidades administrativas de menor gravidade, como a ausência de exibição do preço da gasolina aditivada e a exibição indevida de marca de distribuidoras.

“Foram somente autuações menores. Complementarmente, foram coletadas amostras de todos os combustíveis para análise detalhada em laboratório, de todos os parâmetros físico-químicos', explicou o especialista.

As bombas do estabelecimento também foram verificadas pelo IPEM, e nenhuma divergência entre a quantidade vendida e a entregue ao consumidor foi detectada. “A gente verificou as bombas e não foi encontrada nenhuma irregularidade na quantidade que é fornecida ao consumidor', afirmou o especialista em metrologia Júlio César Lima de Araújo.

A Polícia Civil explicou que a ação desta terça-feira é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso bilionário no setor, comandado por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na cadeia de produção e distribuição de combustíveis no Brasil.

Ao todo, seis mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça, sendo três em Praia Grande, dois em Santos e um em Araraquara — única cidade do interior paulista.

A polícia informou ainda que os estabelecimentos estão em nome de Himad Mourad, primo de Mohamad Hussein Mourad, apontado como um dos principais laranjas do esquema de sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro.